A easyJet, companhia líder no Reino Unido, estendeu o sucesso da iniciativa Amy Johnson ao definir o objetivo de metade das candidaturas aos lugares do Programa de Aprendizes de Engenharia Aeronáutica serem preenchidas por mulheres.
Tal como a profissão de piloto, o sector de engenharia na aviação é dominado por homens. Apenas 9% do total de engenheiros no Reino Unido são mulheres. Desses, apenas 5% trabalham no departamento de engenharia da easyJet. A companhia aérea quer aumentar esta percentagem através do recrutamento para esta área.
Além de ser uma inspiração para mulheres piloto, Amy Johnson, como outros pioneiros na aviação, era também engenheira – tornou-se a primeira mulher britânica a obter a licença “C” de engenharia e foi Presidente da Sociedade de Mulheres Engenheiras.
A easyJet emprega atualmente 230 engenheiros que têm à sua responsabilidade a frota da companhia com mais de 270 aviões. Em 2017, a easyJet procura preencher 14 lugares de aprendizes e pretende que 7 desses sejam mulheres. O programa de aprendizes é uma parceria com o Resource Group e a Divisão de Formação e Manutenção de aviação.
Aidan Kearney, Chefe de Manutenção e Operações na easyJet disse:
“Na easyJet valorizamos a diversidade e, por isso, estamos muito satisfeitos por estender o sucesso da iniciativa Amy Johnson ao recrutamento de engenheiros. Uma carreira em Engenharia Aeronáutica é interessante e recompensadora e queremos mais mulheres a trazer as suas competências para a profissão. Um programa de aprendizagem na easyJet oferece uma grande carreira na indústria. Permite aos aprendizes aumentar qualificações na profissão e colocar o seu conhecimento e competências em prática no dia a dia.”
Sara Walsh, Engenheira da Frota da easyJet em Sistemas de Estruturas disse:
“As mulheres estão pouco representadas em cargos de engenharia e esperamos que isto inspire mais mulheres a escolher carreiras em profissões tradicionalmente dominadas por homens. Uma carreira em Engenharia Aeronáutica é diversificada e muito recompensadora. Eu encorajaria mais mulheres a candidatarem-se.”
A campanha da easyJet para este programa inclui imagens de uma engenheira. Espera-se que inspire outras mulheres a candidatarem-se para o programa e encorajarem mais mulheres a seguir carreiras tradicionalmente dominadas por homens.
O programa de aprendizagem envolve uma combinação de aulas teóricas e formação prática. Os primeiros 10 meses do programa irão providenciar formação acreditada tanto em teoria como prática na LRTT no Aeroporto Cotswold. De seguida, os candidatos terão 16 meses de formação no terreno. Isto terá lugar na easyJet em Luton e Gatwick. No final do programa os aprendizes irão graduar-se com qualificações reconhecidas e a experiência e competências necessárias para impulsionar a sua carreira. Um lugar permanente com remuneração até 30.000 libras está disponível para os mais bem sucedidos.
Fim do período de candidatura: 15 de setembro 2017
Como concorrer: visita a nossa página de carreiras para completares o processo de candidatura https://careers.easyjet.com/graduates-and-apprentices/
Notas aos editores
1. Todos os candidatos ao programa de aprendizes da easyJet devem ter um mínimo de cinco GCSEs (Certificado Geral do Ensino Secundário A-C) ou equivalente incluindo as disciplinas de inglês, matemática e ciências; adicionalmente, deverão reunir um conjunto de qualificações de nível A ou equivalentes. À data de conclusão do curso os aprendizes receberão um City & Guilds 2675 (órgão de concessão de qualificações internacionais) em Engenharia Aeronáutica, combinado com um Part-66 categoria A1 do curso de módulos (teórico e prático) e um Extended NVQ 3 (qualificações vocacionais nacionais) em Engenharia Aeronáutica.
2. Apenas 3% dos pilotos comerciais de todo o mundo são mulheres. A easyJet já esta acima da média, registando 6% de mulheres na comunidade de pilotos. Em outubro de 2015, a easyJet lançou a iniciativa Amy Johnson com o objetivo de duplicar o número de admissões de mulheres piloto para 12% em dois anos. Tendo alcançado este objetivo no primeiro ano, a easyJet estabeleceu um novo e ambicioso objetivo de garantir que 20% das novas admissões de cadetes recrutados pela easyJet até 2020 sejam mulheres. Considerando o atual plano de recrutamento, isto significaria que a easyJet recrutaria cerca de 50 mulheres piloto por ano. A companhia tem atualmente 164 mulheres piloto, das quais 62 são Comandantes – cerca de 14% do total mundial.
3. *Sociedade de Mulheres Engenheiras – Apenas 9% do total de engenheiros no Reino Unido são mulheres e apenas 6% de engenheiros registados e técnicos de engenharia (ex: CEng, IEng, EngTech) são mulheres. O Reino Unido tem a percentagem mais baixa em termos de profissionais mulheres na engenharia na Europa, menos de 10%, enquanto a Letónia, Bulgária e Chipre lideram com cerca de 30%.
http://www.wes.org.uk/content/useful-statistics
4. Amy Johnson, CBE (1.7.03 – 5.1.41) foi uma pioneira na aviação inglesa e alcançou reconhecimento mundial em 1930 quando se tornou a primeira mulher piloto a voar sozinha até à Austrália. A voar um G-AAAH, o primeiro de dois aviões que nomeou “Jason”, deixou Croydon, a sul de Londres, no dia 5 de maio e aterrou a 24 de maio em Darwin, território norte, depois de voar 11,000 milhas (18,000km). O avião pode ser visto no Museu da Ciência em Londres. Recebeu o Harmon Trophy assim como o reconhecimento CBE pelo que alcançou e foi ainda honrada com a licença nº1 sob a legislação 1921 australiana. Johnson estabeleceu inúmeros recordes de longa-distância durante os anos 1930 e voou na 2ª Guerra Mundial como parte do Transporte Aéreo Auxiliar. Tal como muitos pioneiros da aviação, também era engenheira – tornou-se a primeira mulher britânica a obter o nível “C” de engenharia e foi Presidente da Sociedade de Mulheres Engenheiras.